sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Negative Cluster - Pós rock? Talvez. Massa? Certamente.

Das cinzas de uma das bandas mais horríveis da história das bandas horríveis de Santa Maria, a Besouro Suco, surgiu a Negative Cluster. A renovação do grupo não se limita ao nome, a banda passou a contar com novas formação e sonoridade, o baterista da banda, Daniel Piá, define o grupo com uma mistura de pós rock e post hc. Por mais incrível que pareça, apesar da definição do baterista e do fato do grupo ter origem em algo tão abominável quanto a Besouro, a Negative Cluster NÃO é um saco!
Em sua primeira apresentação, realizada no Coletivo Bunker na última quarta-feira (dia 06/02) a banda demonstrou ser muito mais do que um simples meio-termo entre pós roque e post-hc, explorando também elementos de noise-rock, sambinha de indie e até surf music (no palco tinha uma guria mexendo em um lap top que provavelmente tenha feito alguns barulhinhos, mas na real nem deu pra ouvir). O fato da banda ser instrumental também não compromete pois seus arranjos são criativos o bastante para captar a atenção do público (o que não ocorre em apresentações daquela outra banda, a Palo). De fato, seria impossível encaixar vocais nas canções do grupo sem cagar tudo.
Infelizmente, no contexto atual da “cidade cultura”, há pouco espaço para um grupo que, além de ter uma sonoridade relativamente complexa, investe em composições próprias. O público de Santa Maria (“Lado A” ou “Lado B”, como definem os bunda-mole) tende a ignorar qualquer apresentação que não se limite a uma trilha sonora para um porre e/ou uns amassos. Assistir algo inédito, ao invés de releituras horríveis de Raul Seixas e Cascavelletes, parece ser uma tarefa impossível para nossos ilustres indiezinhos. Dessa forma, grupos como a Negative Cluster ficam confinados em quartas-feiras vazias no Bunker, sendo que, segundo um dos guitarristas do grupo, o Kauê, a banda provavelmente só conseguiu marcar este show porque um dos integrantes do grupo é um dos “sócios” do Bunker.


Fotos em breve, se Deus quiser...


Antes tarde do que nunca, algumas fotos do show...















Negative Cluster: Afinal de contas, beleza não é fundamental.















Papel higiênico na caixa de som...

As fotos são de Aline Zucolotto (não conheço...espero que não se importe)

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Zombiefest - Para doentes do pé e da cabeça




Como se não bastasse a Zombie Walk, mais um evento voltado para os fãs da cultura trash ocorrerá em Santa Maria! É Zombie Fest, que ocorrerá no Coletivo Bunker. Aqueles que tiverem culhões pra tal impreitada terão seus ouvidos acariciados pelas mais belas canções relacionadas ao tema (Psychobilly, Horror Punk...) e poderão assistir alguns clássicos do horror B. Quem quiser, pode ir "vestido a caráter", ganhando assim, um desconto na entrada.

O Coletivo Bunker se localiza na Rua Floriano Peixoto, número 1592, onde antes era o Seattle Bar .Os preços variam de R$ 4,00 para quem for fantasiado como um zumbi, e R$ 6,00 para quem for vestido normalmente.






Em breve mais informações...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Avaliando o Santa Cultura - Parte 4

Vou confessar que no início, quando soube que iríamos ter um blog neste semestre, não fui muito receptivo à idéia. Se o tema, eventos culturais de Santa Maria, me agradava, o fato de criar o site não me entusiasmava tanto. Primeiro porque fiquei temeroso quanto à qualidade deste. Depois, tinha um certo receio: achava que a maioria dos blogs eram coisas de nerds. Com o Santa Cultura, me surpreendi. Positivamente.
Concordo com o Diogo. Quando fiquei responsável pela Agenda da Semana, impressionei-me ao descobrir a alta qualidade de muitos shows, peças, exposições... e também com a falta de divulgação, pois grande parte era com entrada franca. Em Santa Maria devem não apenas serem proporcionados estes eventos, mas também propalados com eficiência.
Entretanto, não basta divulgar para resolver o problema. Pude registrar que há uma parte significativa da população que simplesmente não se interessa por cultura. O parco público presente no show de Carlitos Magallanes atesta este fato. Eu estava cobrindo o espetáculo - que fazia parte do 1° Encontro de Cidades do Mercosul, no Hotel Itaimbé - para o Santa Cultura, e o número de pessoas dentro do salão regulava com as que se encontravam pelos corredores do hotel. E a entrada era gratuita. Ou quando um amigo parou para escutar o distinto som do bandoneón. Após refletir, me disse que “o show não era lá essas coisas, mas a “gaita” era bonita”.
Quanto ao blog, achei muito interessante participar. Em muitos lugares, como os colegas já citaram, se não fosse pelo Santa Cultura não teria ido a alguns eventos, e muito menos conversado com os artistas, ou redobrado a atenção para o espetáculo. A experiência foi engrandecedora. Em relação a continuar o blog, apesar de eu provavelmente não ficar em Santa Maria no próximo semestre, seria muito interessante que se continuasse com ele. No que eu puder ajudar, estarei às ordens. Sem a obrigação de ter que postar toda semana, claro.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Avaliando o Santa Cultura - Parte 3

Nunca imaginei que um dia teria um blog. O Santa Cultura surgiu pela idéia de unir um tema que interessava a mim e a meu grupo no meio de uma aula de jornalismo digital. Achava, sinceramente, que não ia dar em nada. Mas até que rendeu. No início do blog, como a Karina, já disse, as postagens eram mais constantes, inclusive da minha parte. Com o passar do tempo, nem sempre houve posts para todos os dias programados, mas todos foram de qualidade.

Dessa oportunidade, surgiu uma boa experiência. Santa maria, tão criticada pela falta de eventos, não se mostrou tão inóspita à cultura. Na pesquisa da Agenda Cultural, acabei encontrando muitas atividades interessantes. Uma boa parte delas, felizmente, de graça. Particularmente, foi muito gratificante poder conhecer esses eventos e divulga-los. Aliás, a falta de divulgação foi um dos problemas que identifiquei. Por mais que fossem eventos de qualidade, faltava uma melhor propaganda. O que convenhamos, faz uma grande diferença.

Não que eu tenha a pretensão que o blog alçou ao sucesso shows, exposições, sessões de filmes (...) fadadas ao fracasso. Ficamos longe disso, sem dúvida. Mas me surpreendeu o fato de eu ser abordado num bar e receber elogios pelo blog. Sinal de que nos inserimos – um pouco, ao menos – na sociedade e na blogosfera, para fazer um pouco de diferença.

Se o blog vai ter seqüência, a Karina já respondeu. D minha parte, pretendo seguir escrevendo também. Sem o compromisso dos posts, semanais, devo acabar colaborando mais. Talvez com uma abordagem um pouco diferente, novas pautas. Acho que faltou uma olhada nos nossos museus, fundamentais a qualquer cidade com ambição cultural, e matérias sobre projetos relacionados à cultura na cidade.

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