quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Red House só para maiores

Confesso que fui ver a apresentação da Red House e seu show "Sex, Dope and Cheap Thrills", dirigido por Débora Aita Gasparetto, apresentado terça, no Theatro Treze de Maio principalmente porque achei o cartaz muito bonito - o que acabou por despertar o meu interesse.

Cheguei lá em cima da hora, as luzes já estavam apagadas e o show prestes a começar.

Eu gosto bastante da Red House, a banda é um ícone do blues santa-mariense e conta com os músicos Bruno Sesti (Bateria), Márcio Grings (Harmônica,Vocal), Rodrigo Ardais (Vocal e Guitarras), Vinícius Brum (Contrabaixo) e Rodrigo Tranqüilo (Piano,Teclados). Mas não posso negar que o show me decepcionou em alguns aspectos.


Blues não faltou, e nem poderia faltar. Aliás, a banda faz um blues de bastante qualidade e tem músicos excelentes. A iluminação do espetáculo é ótima também e conseguiu acompanhar e até ajudar a criar o clima meio erótico, meio bar que acredito que fosse a intenção do show. Tinha mesinhas e até um garçom servindo whisky e cigarros para os integrantes do show. Num telão, atrás da banda, passavam trechos de um filme que eu não reconheci qual era e de um curta com os atores André Assmann, Márcia Chiamulera, Cláudia Pacheco e Gabriela Amado, o que, junto com a iluminação, deu um efeito muito legal.



Infelizmente, o show não merece só meus elogios. A harmônica e o teclado estavam praticamente inaudíveis devido ao volume alto da guitarra e do contrabaixo. A anunciada "participaçao especial do Dj Maxx Chami, adicionando samplers e batidas eletrônicas aos novos temas próprios do quinteto santa-mariense" não fedeu nem cheirou. As intervenções foram super pequenas (o que eu, particularmente, prefiro, já que não confio muito no som eletrônico), mas já que a banda resolveu investir no terreno, poderiam ter ousado um pouco mais. Do jeito que ficou, vi pouca diferença entre o show normal e este especial. Outro aspecto "brochante" nesse show "não recomendado para menores de 18 anos" foram as dançarinas Joyce Rodrigues e Isadora Stefanello, em performance em cima de palquinhos com um bastão no centro. Elas dançavam direitinho, sabiam a coreografia, mas faltou sensualidade, quebrando o clima criado pela música, cenário e efeitos audiovisuais. Os atores André Assmann e Máricia Chiamulera (que esteve excelente no seu monólogo "A Super Mãe Porra Louca", no Santa Cena) interpretaram poemas de Bukowski no intervalo de algumas músicas. Podia ter tido um resultado sensacional, mas, para minha supresa, as atuações foram medianas e o espetáculo perdeu muito da graça em função disso.


Apesar disso, eu recomendo o show pela qualidade musical. Acredito que as próximas apresentações possam ser melhores, já que a maioria dos problemas são solucionáveis, dependendo apenas da prática.

E só para lembrar, sábado tem o 6º Cesma in Blues! A Red House este ano não participa, mas várias bandas de qualidade subirão ao palco:

Onde: Avenida Tênis Clube
Quando: a partir das 23 horas.

Quanto:
Ingressos à venda na CESMA e ATC - R$ 7,00 antecipados e R$ 10,00 na hora.
Mais:
com as bandas
- Storm Blues Band (Porto Alegre)
- Big Joe Manfra Blues Band (Rio de Janeiro)
- Peter Mad Cat (Chicago/USA)
- Blues Power Trio (Rio de Janeiro)
- Blues Society (Santa Maria)
- Jefferson Gonçalves (Rio de Janeiro)

Até lá!

2 comentários:

Anônimo disse...

isto é crítica! parabéns e gracias pelos comentários...fico bem feliz ;) continuem essa fonte de informações. abraço

Jefferson Rubim disse...

Muito boa crítica. Analítica, sensata e sucinta...

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