quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Quase um "Tela Class"

O filme Bebel - a garota propaganda, de 1967, é o primeiro filme do diretor Maurice Capovilla e foi exibido hoje pelo Cineclube Lanterninha Aurélio. O com roteiro é baseado conto Bebel que a Cidade Comeu, de Ignacio de Loyola Brandão.

O filme, um drama, em preto e branco, conta a história de Bebel, jovem suburbana muito bonita que é contratada para ser a garota propaganda de um sabonete. A garota faria qualquer coisa para aparecer na televisão e ser famosa, e, de fato, a campanha faz sucesso, rendendo a ela popularidade e dinheiro. Contudo, no universo da televisão e dos comerciais, há a necessidade de se promover novos rostos, e Bebel é afastada da fama e precisa começar tudo de novo. Como não sonsegue mais trabalho na televisão, acaba por cair num submundo no qual só pode contar com o prórpio corpo para se manter. Se vende para produtores, fotógrafos, mas nada consegue devolver a ela o sonho do estrelato, que fora tão instantâneo. O filme causou polêmica na estréia, por ter várias críticas políticas e até à poluição das cidades (eu achei as críticas meio perdidas em toda a temática do filme, mas naquela época qualquer coisa era válida). Em todo o caso, há uma seqüência em que um deputado atropela uma criança e em seguida pede a imunidade parlamentar para escapar da Justiça - o que causou, na ocasião, revolta no plenário do Congresso, em Brasília. Mas no mais é tudo muuuito sutil. A Bebel não aparece pelada nenhuma vez, só aparece ela indo pra cama de fato com o namoradinho (que era metido com movimentos políticos contra o governo e coisas assim), o resto é tudo muuuuito subentendido. Várias vezes apareciam uns personagens diferentes do nada, e não explicava de onde surgiram ou quem eram. Ah, o som também estava muito alto e as vozes - bem engraçadas, a maioria - eram dubladas, o que deixou o filme, infelizmente, ridículo. A Bebel dava umas risadinhas que "eusulivre"! Forçadas... Assim como algumas das vozes... O que me lembrou muito a última temporada de Hermes e Renato, intitulada Tela Class: a equipe dublava filmes antigos com vozes e diálogos divertidos. Mas, levando em conta a época que o filme foi feito e o contexto, o resultado final é legal.

Cineclubismo: debates e sessões nas quartas-feiras, às 19 horas, no auditório João Miguel de Souza - Centro Cultural Cesma - 3º andar. A entrada é gratuita.

Cineclube Lanterninha Aurélio:
No orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=197704
Blog: www.cineclubelanterninhaurelio.blogspot.com

2 comentários:

Marcelo Cabala disse...

tu acha que o som tava alto ?
quando for alto assim . tu pode ir lá na projecão solicitar uma regulagem do som mais adequada..

até..

Anônimo disse...

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- Joe

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