quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Avaliando o Santa Cultura - Parte 2
Desde o começo, eu gostei muito do objetivo do nosso blog, e acho que conseguimos cumprir com ele. Tive a sorte de ter um primeiro post justo sobre um dos meus filmes preferidos ("Who needs reasons when you've got heroin?", post de 04/10/07 sobre o filme Trainspotting), o que fez com que eu me empolgasse para começar a escrever. No início, os posts eram mais freqüentes, longos, completos. Mas, óbvio, com o avançar do semestre, a empolgação vai pro saco. Mesmo assim, acho que fizemos o serviço direitinho, na medida do possível. Foi muito bom ver o retorno dos amigos que colaboravam tirando fotos quando a gente precisava, indicando eventos que não estavam na agenda, ou simplesmente comentando o que tinham achado dos nossos textos.
Pra mim, o melhor de tudo foi ir a lugares que eu não teria ido se não tivesse que cobrir o evento para o Santa Cultura. Vi coisas legais, conheci pessoas legais, fui atrás de detalhes sobre assuntos que hoje eu não saberia se fosse mera espectadora. Durante esse semestre, por causa do blog, eu recebi zilhões de críticas revoltadas com a minha falta de simpatia com adaptações dos quadrinhos para o cinema ("A Cidade do Pecado de Frank Miller", post de 13/10/07), tive post discutido em fórum da comunidade do Orkut da banda Superguidis ("A 'quase triste' sinfonia do Superstar", post de 12/11/07), me apaixonei por contos do Caio Fernando Abreu, que eu não lia muito ("Autores Gaúchos em Cena", post de 20/10/07), e até consegui perder minha sobrinha no calçadão ("Um olhar psicodélico sobre o teatro", post de 26/10/07).
Espero que o pessoal tenha gostado das nossas dicas e das nossas 'coberturas jornalísticas'. Quanto a tocar o blog adiante, eu até participo, se for uma coisa esporádica, sem o compromisso semanal. E se a gente arrumar aquele esquema chato da letra ficar desconfigurada quando colocamos fotos - isso irrita muito.
Ah! E se NUNCA deixarem a agenda sob minha responsabilidade. =P
Um 'muito obrigada' para quem leu, para quem participou e para quem nos ajudou, de uma forma ou de outra, nos bastidores ou sendo fotografado e dando entrevista.
Feliz Natal e etecéteras pra todo mundo. =)
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Avaliando o Santa Cultura
Falando em Santa Cultura, o nome demorou para surgir. Na aula de criação do blog, na frente do computador, eu o Diogo e o Hilberto estávamos bem perdidos. Criamos um todo errado, feioso e se nome, na época. Até o link era péssimo. Naquela semana, em casa, resolvi fuçar no blogger e acabou saindo o Santa Cultura. Com a aprovação do pessoal, o blog iniciou suas atividades.
No início, a empolgação e o tempo disponível para o blog eram maiores, fazendo com que as postagens acontecessem com bastante freqüencia. Muitas vezes com mais de uma postagem de alguns integrantes na semana. Depois de um tempo, com a agenda cheia (não a de eventos legais que a gente disponibiliza aqui, mas a minha, com as tarefas) comecei a me restringir apenas ao meu post da semana. Mesmo assim, continuei me dedicando. Procurei tirar fotos legais, mostrar o que eu mais gostei e também o que eu não gostei, já que aqui eu tenho um espaço para dar a minha opinião. Também, sempre que dava, ia falar com o autor da exposição, o músico do show, o ator da peça... Enfim, tentei fazer um trabalho bem legal para valorizar os eventos culturais locais e os personagens responsáveis pelo acontecimento - e acho que nisso eu e o pessoal obtivemos sucesso. Com este trabalho fui a eventos que talvez eu não fosse por não ter conhecimento ou a obrigação de cobrir alguma coisa semanalmente, e, o melhor, conheci e conversei com bastante gente que, de outra forma, não teria conhecido ou conversado. Eu tô falando, principalmente, do Lucas Baisch, da exposição Contactos, que se ofereceu para participar do blog, "nem que só para tirar fotos dos eventos" e do Marcelo Cabala, que tem um blog de divulgação de eventos aqui de Santa Maria, e elogiou a nossa proposta.
Infelizmente o blog não cumpriu com a proposta em sua totalidade, já que as postagens semanais de todos os integrantes do grupo raramente ocorriam. Mas quando as postagens aconteceiam, o trabalho quase sempre foi muito bom. Agora, acho que pelo menos por um tempo, o blog vai ficar parado. Vou viajar de férias, ficar longe de Santa Maria e sem internet por uns tempos. Tenho intenção de continuar com ele, e quem quiser participar está convidado. Manda um e-mail ou deixa um comentário com o pedido e uma boa justificativa. A nossa comissão avaliadora vai analisar cada um dos casos e em fevereiro sai a listagem dos selecionaods. Mentira. É só pedir e participar.
Bom, acho que quem mais teria que avaliar o Santa Cultura são os leitores. O blog está aqui para expressarmos as nosssas opiniões individuais, mas a posição de quem "nos" lê também é muito importante. Critiquem, sugiram, elogiem! A gente fez isso o semestre inteiro, agora é a vez de vocês!
domingo, 9 de dezembro de 2007
Agenda da Semana (10/12 a 16/12)
O que: a exposição Alguns Cortes, de Elias Maroso.
Onde: Cesma Café.
Quando: de segunda a sexta, das 15horas e 30 minutos às 19 horas; nos sábados, das 10 horas às 13 horas. Até o dia 15 de dezembro.
Mais: A exposição traz desenhos que, conforme diz o artista Elias, apelam pelo virtuosismo técnico das representações a partir de materiais convencionais da própria linguagem. Elias Maroso é acadêmico do curso de Artes Visuais da UFSM.
Segunda-feira (10/12)
O que: abertura da exposição da galera do OAM (Objeto-Arte e Multimeios).
Onde: na Estação Férrea.
Quando: 19 horas.
Quinta-feira (13/12)
O que: show dos músicos Gilvano Dalagna, Cristiano Araldi e Fernando Graciola.
Onde: auditório da Cesma - João Miguel de Souza.
Quando: 19 horas e 30 minutos.
Mais: faz parte do projeto Cesma Instrumental, que proporcionará, sempre às quintas, a apresentação de diversos músicos de Santa Maria.
Sexta-feira (14/12)
O que: Concerto da Orquestra Sinfônica de Santa Maria
Onde: Campus da UFSM
Quando: 10 hrs
Mais: o concerto é em comemoração ao aniversário de 47 anos da UFSM.
O que: Catacumba e boate do DCE
Onde: Boate do DCE, na Rua Professor Braga, nº 79, embaixo da CEU I.
Quando: a partir da meia-noite.
Mais: universitários não pagam apresentando documento. Para os demais, R$7,00 acompanhados por universitários.
Sábado (15/12)
O que: show da banda The Darma Lóvers.
Onde: boate Macondo.
Quando: por enquanto não foi divulgado.
Tá com o bolso cheio?
Terça-feira (11/12)
O que: o espetáculo História da Dança.
Onde: Theatro Treze de Maio.
Quando: 21 horas.
Quanto: R$ 10,00 para o público geral, R$ 5,00 para estudantes, idosos e sócios do Theatro.
Mais: o espetáculo mostra a evolução da dança, com elementos de ballet erudito até coreografias atuais, feitas exclusivamente para a apresentação.
Quarta-feira (12/12)
O que: o espetáculo Inovação e Tradição.
Onde: Theatro Treze de Maio.
Quando: 21 horas.
Quanto: R$ 12,00 os ingresso antecipados para o público geral e R$ 8,00 para estudantes, idosos e idosos; R$ 16,00 para o público geral no dia.
Mais: é a apresentação de encerramento do ano do grupo de dança Ivone Freire.
Quinta-feira (13/12)
O que: reapresentação do espetáculo Inovação e Tradição.
Onde: Theatro Treze de Maio.
Quando: 21 horas.
Quanto: R$ 12,00 os ingresso antecipados para o público geral e R$ 8,00 para estudantes, idosos e idosos; R$ 16,00 para o público geral no dia.
Mais: para quem perdeu ou quer ver novamente o espetáculo de encerramento do ano do grupo de dança Ivone Freire.
Sábado (15/12)
O que: o espetáculo Uma Viagem pelo Corpo Humano, dirigido por Isabela Cristina da Rosa.
Onde: Theatro Treze de Maio.
Quando: 21 horas.
Quanto: os valores ainda não foram divulgados.
Mais: apresentação que mescla teatro, dança e acrobacia, realizado pela Passo a Passo Escola de Dança.
Domingo (16/12)
O que: o espetáculo Uma Viagem pelo Corpo Humano, dirigido por Isabela Cristina da Rosa.
Onde: Theatro Treze de Maio.
Quando: 21 horas.
Quanto: os valores ainda não foram divulgados.
Mais: apresentação que mescla teatro, dança e acrobacia, realizado pela Passo a Passo Escola de Dança.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Cinema Série A
O curta:
"Anônimos" é uma pequena impressão sobre o período da ditadura militar brasileira. A primeira versão do curta foi classificada para o Festival do Minuto, e é diferente da versão exibida na quarta-feira. Esta era um pouco mais extensa, e eu não acho que tenha sido uma boa idéia. Não foi como eu esperava, já que se trata de uma historinha de personagens sem voz e sem nome - mas não tem como dizer que é ruim, ou que falta enredo, já que a nova versão tem pouco mais de 3 minutos. O final com as novas cenas ficou melhor estruturado, mas o resto do curta encheu linguiça. Acabei gostando mais da versão de um minuto mesmo...
O documentário:
"Faltam 05 minutos" coloca o telespectador nos bastidores da narração de um jogo, assistindo ao que ele está apenas acostumado a ouvir. Os cinegrafistas acompanharam a narração da final da série B do Gauchão, no Estádio Presidente Vargas, em Santa Maria, revelando os rostos dos narradores e comentaristas de cinco emissoras AM da cidade que estavam transmitindo a partida: Santamariense, Universidade, Guarathan, Imembuí e Medianeira.
O filme superou por completo as minhas expectativas. Eu esperava um documentário batido, com a trajetória do time, momentos marcantes, gols bonitos, fogos de artifício, bláblá. Visivelmente, Cassol não teve a menor pretensão de fazer isso. O filme não é só para fãs de futebol. O time nem sequer aparece. Do público, só se ouvem os gritos. A agonia do final da partida entre Inter de Santa Maria e Pelotas foi contada pelas expressões dos locutores de rádio. Como o próprio diretor contou na ocasião, o zoom foi cortado das técnicas usadas pelos cinegrafistas, que procuraram acentuar a emoção das cenas com a aproximação das câmeras.
Lágrimas, gritos da torcida, tensão, 5 minutos de acréscimo, narradores anunciando o fim da partida antes da hora, jogo paralisado pela invasão da torcida, mais 5 minutos: no final do documentário, é impossível não estar angustiado junto com os personagens por aqueles momentos finais que não terminam nunca.
Um filme bem feito, inovador e com um resultado emocionante. A equipe está de parabéns.
O público não era lá muito expressivo, além de boa parte configurar nas classificações de produtores, cinegrafistas, atores, locutores das rádios ou amigos do diretor. Após a exibição do filme, vários comentários elogiosos e histórias curiosas sobre as gravações. O depoimento mais interessante foi o de um senhor que comentou ter sido um dos fundadores da torcida organizada "Comando Vermelho" - que hoje em dia são "O Comando de bengala", como ele mesmo brincou. Emocionado, contou que já tinha até ido embora de Santa Maria, e voltou a morar aqui para poder acompanhar o seu time na série A.
Enfim, dois filmes bem curtinhos fizeram valer uma tarde pós-reunião de pauta na aula do Paulo :P
Quem quiser conferir o curta "Anônimos", a versão de 1 minuto pode ser encontrada no YouTube.quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
A arte da tesoura
Conforme o autor das obras, os desenhos apelam pelo virtuosismo técnico das representações – o chamarisco – a partir de materiais convencionais da própria linguagem. “As situações que pretendo representar são momentos íntimos em que o entorno não importa (branco), em que o corpo se vê cortado, adequado à vontade de se observar. Uma relação limitada a si. Vejo no formato, na dimensão, no enquadramento o lugar desses delírios. Nisso, os indivíduos (outros figurados: pergunto-me se são eus) observam-se na sua fisicalidade num gesto ora hedonista, ora curioso, ora auto-suficiente”, explica o artista.
Os trabalhos dele são lindos. Retratos muito próximos da perfeição. Sem contar a criatividade. As montagens com os recortes são geniais! Abaixo algumas fotos de alguns trabalhos expostos. Vale a pena clicar na imagem para ver em um tamanho maior.
O artista (Elias) com a sua tesoura.
Mais alguns desenhos cortados...
O horário de visitação - e eu recomendo a visita - é de segunda a sexta, das 15h 30min às 19h 30min e aos sábados das 10 horas às 13 horas. A exposição está no Cesma Café, primeiro andar do Centro Cultural Cesma, que fica na Rua Professor Braga, 55.
domingo, 2 de dezembro de 2007
Agenda da Semana (02/12 a 09/12)
O que: Exposição “Alguns Cortes”, de Elias Maroso
Onde: Cesma Café
Quando: Segunda a sexta, das 15h30min às 19h30min; Sábados, das 10h às 13h.
Mais: A exposição traz desenhos que, conforme diz o artista Elias, apelam pelo virtuosismo técnico das representações a partir de materiais convencionais da própria linguagem. Elias Maroso é acadêmico do curso de Artes Visuais da UFSM.
Quarta-feira (5/12)
O que: Sessão de lançamento do documentário "FALTAM 05 MINUTOS" e exibição do curta-metragem "ANÔNIMOS"
Onde: Cineclube Lanterninha Aurélio, na CESMA
Quando: 19h
Mais: O curta "Anônimos" retrata uma pequena impressão sobre o período da ditadura militar brasileira. Já o documentário "Faltam 05 minutos" é sobre o retorno doInter de Santa Maria à Primeira Divisão do Campeonato Gaúcho em 2007.
Tá com o bolso cheio?
Terça-feira (4/12)
O que: Oficina de Origami com temas de NatalOnde: Centro Cultural e Lingüístico Challenger Brasil
Quanto: ?
Mais: Informações pelo telefone 3222 2760
O que: Concerto da banda Band on The Run
Onde: Theatro Treze de Maio
Quando: 21h
Quanto: R$ 10,00 para público geral; R$ 5,00 para estudantes, idosos e sócios do Theatro
Mais: O show cover dos Beatles é uma homenagem aos 40 anos do album “Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band”
Quarta-feira (5/12)
O que: Oficina de Origami com temas de Natal
Onde: Centro Cultural e Lingüístico Challenger Brasil
Quanto: ?
Mais: Informações pelo telefone 3222 2760
Quinta-feira (6/12)
O que: Santa Maria canta Lupicínio Rodrigues
Onde: Theatro Treze de Maio
Quando: 21h
Quanto: R$ 8,00 para público geral, R$ 6,00 para sócios do Theatro , R$ 4,00 estudantes e idosos
Mais: Faz parte do projeto Quinta Musical, e visa resgatar um pouco da história de Lupicínio, fazendo uma releitura de suas principais canções.
Sexta-feira (7/12)
O que: Catacumba e boate do DCE
Onde: Boate do DCE, na Rua Professor Braga, nº 79, embaixo da CEU I.
Quando: a partir da meia-noite.
Mais: universitários não pagam apresentando documento. Para os demais, R$7,00 acompanhados por universitários.
Sábado (8/12)
O que: Espetáculo O Universo Surreal de Frida e Diego
Onde: Theatro Treze de Maio
Quando: 20h30min
Quanto: R$ 10,00 público geral e R$ 8,00 para sócios do Theatro, estudantes e idosos
Mais: Espetáculo baseado na vida e na obra dos pintores mexicanos Frida Kahlo e Diego Rivera. Haverá também reapresentação do Ballet “Caminhos” com a Royale Cia. de Dança.
O que: 3° edição do Macondo Circus, festival de música independente
Onde: Balneário Serrano, em Itaara, no km 23 (encruzilhada) a esquerda, 300 metros da faixa (na rota, haverá indicação do caminho)
Quando: à partir das 15h
Quanto: os antecipados para os dois dias custam R$10; na hora, R$15
Mais: Além de várias bandas de Santa Maria (Motokillers, Crema, Salvia, etc) , o Festival trará também: Pública (POA), Identidade (POA), Superguidis (Guaíba) e Los Garbonas (Cachoeira do Sul). O evento vai contar ainda com diferentes edições de festas do Macondo, como A Noite do Galo Preto, Disco Night e Clube da Criança Junkie. Na tenda do macondo, copa com cerveja gelada e alimentação.
Domingo (9/12)
O que: Espetáculo O Universo Surreal de Frida e Diego
Onde: Theatro Treze de Maio
Quando: 20h30min
Quanto: R$ 10,00 público geral e R$ 8,00 para sócios do Theatro, estudantes e idosos
Mais: Espetáculo baseado na vida e na obra dos pintores mexicanos Frida Kahlo e Diego Rivera. Haverá também reapresentação do Ballet “Caminhos” com a Royale Cia. de Dança.
O que: 3° edição do Macondo Circus, festival de música independente
Onde: Balneário Serrano, em Itaara, no km 23 (encruzilhada) a esquerda, 300 metros da faixa (na rota, haverá indicação do caminho)
Quando: à partir das 15h
Quanto: os antecipados para os dois dias custam R$10; na hora, R$15
Mais: Além de várias bandas de Santa Maria (Motokillers, Crema, Salvia, etc) , o Festival trará também: Pública (POA), Identidade (POA), Superguidis (Guaíba) e Los Garbonas (Cachoeira do Sul). O evento vai contar ainda com diferentes edições de festas do Macondo, como A Noite do Galo Preto, Disco Night e Clube da Criança Junkie. Na tenda do macondo, copa com cerveja gelada e alimentação.
Fontes: Marcelo Cabala, Macondo, Theatro Treze de Maio, Prefeitura de Santa Maria.
sábado, 1 de dezembro de 2007
Foi lançado hoje, no Cesma Café, o livro Memórias de um Tempo Veloz, de Rogério Ferrer Koff. È o terceiro livro do professor do Departamento de Comunicação Social da UFSM, aborda temas como cultura, cinema e música.
Segundo o próprio Koff, o livro atual tem uma característica diferente das duas obras anteriores, Pensando com o Cinema: uma aventura disciplinar (2002) e A Cultura do Espetáculo: sete estudos sobre mídia, ética e ideologia (2003). A linguagem, antes acadêmica, é agora mais acessível. É reflexo direto do público-alvo dos artigos. Muitos deles foram publicados nos jornais A Razão e O Pioneiro, ainda na década de 80, e outro depois do ingresso de Koff na UFSM.
O primeiro texto de Memórias de um Tempo Veloz é o mais recente de todos, uma homenagem à uma das paixões do professor: o cinema. Koff faz um retrospecto da importância de Os Intocáveis, uma das mais importantes obras de Brian de Palma. Em seguida, é a vez do memorável álbum Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. Ao longo de quase 50 artigos, Koff ainda fala sobre Jim Morrison, o filme Laranja, Mecânica, jornalismo e política.
O livro, que teve bastante procura no lançamento, é uma edição da FACOS-UFSM. Os interessados podem obter um exemplar na própria CESMA (venda exclusiva para sócios, é bom lembrar) pelo preço de 16 reais.
O músico uruguaio Carlitos Magallanes fez ontem o show de encerramento do I Encontro de Cidades Integradas do Mercosul, realizado no Hotel Itaimbé. Os músicos da Ospa Carlos Sell, no violino e Oraci Guimarães, no contrabaixo acústico, juntamente com a pianista Dunia Elias, acompanharam o maestro. Se não bastassem as virtuoses, o espetáculo foi acrescido com a participação de Patrícia Magallanes, filha de Carlitos.
A solenidade, que estava marcada para as nove horas, iniciou com uma hora de atraso. Consequentemente, o show foi começar apenas às onze horas. Mas a espera teve bons momentos. O compositor Júlio Machado da Silva Filho, que estava lançando a 35ª Califórnia da Canção Nativa, cantou, acompanhado apenas por um violão, a música Guri, de sua autoria e de João Batista Machado.
O público, que já não era numeroso durante a apresentação dos alunos da Escola Municipal Fontoura Ilha, tornou-se ainda menor no show de Magallanes, com a saída do grupo de amigos dos estudantes que se apresentaram. Mas a falta de interesse de grande parte da população por espetáculos desse porte não é em todos os aspectos negativa. Pude assistir comodamente a apresentação na primeira fila de cadeiras do auditório, a poucos metros dos músicos, com visão privilegiada.
Oblivion, de Astor Piazzolla, foi a música que abriu o show, com bem colocados solos da pianista Dunia Elias. Antes de executar Volver, de Carlos Gardel e Alfredo Le Pera - principal companheiro de Gardel, e que poucos sabem que é brasileiro-, o maestro discursou brevemente, dizendo que “la integración cultural que siempre ocurrio entre los países del sur”, em alusão ao Encontro de Cidades do Mercosul.
Com uma fulgurante participação, Patrícia Magallanes cantou em um emocionante dueto com o pai El Dia que me Quieras. Cantando Mano a Mano, Patrícia demonstrou grande presença de palco. Os músicos, apesar de estarem reunidos a pouco tempo, parecem que tocam juntos há anos. O repertório muito bem escolhido, com temas como Adios Nonino,
Ovacionando os músicos no final do show, a platéia aplaudiu até que os músicos voltassem aos seus instrumentos. Executaram Balada para un Loco, com uma excelente interpretação de Patrícia e Carlitos. Mais uma vez aplaudidíssimos, voltaram para um bis de El Dia que me Quieras, mas com a condição de que seria a última música. Os fãs aguardam ansiosamente a próxima apresentação no coração do Rio Grande.