quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Quase um "Tela Class"

O filme Bebel - a garota propaganda, de 1967, é o primeiro filme do diretor Maurice Capovilla e foi exibido hoje pelo Cineclube Lanterninha Aurélio. O com roteiro é baseado conto Bebel que a Cidade Comeu, de Ignacio de Loyola Brandão.

O filme, um drama, em preto e branco, conta a história de Bebel, jovem suburbana muito bonita que é contratada para ser a garota propaganda de um sabonete. A garota faria qualquer coisa para aparecer na televisão e ser famosa, e, de fato, a campanha faz sucesso, rendendo a ela popularidade e dinheiro. Contudo, no universo da televisão e dos comerciais, há a necessidade de se promover novos rostos, e Bebel é afastada da fama e precisa começar tudo de novo. Como não sonsegue mais trabalho na televisão, acaba por cair num submundo no qual só pode contar com o prórpio corpo para se manter. Se vende para produtores, fotógrafos, mas nada consegue devolver a ela o sonho do estrelato, que fora tão instantâneo. O filme causou polêmica na estréia, por ter várias críticas políticas e até à poluição das cidades (eu achei as críticas meio perdidas em toda a temática do filme, mas naquela época qualquer coisa era válida). Em todo o caso, há uma seqüência em que um deputado atropela uma criança e em seguida pede a imunidade parlamentar para escapar da Justiça - o que causou, na ocasião, revolta no plenário do Congresso, em Brasília. Mas no mais é tudo muuuito sutil. A Bebel não aparece pelada nenhuma vez, só aparece ela indo pra cama de fato com o namoradinho (que era metido com movimentos políticos contra o governo e coisas assim), o resto é tudo muuuuito subentendido. Várias vezes apareciam uns personagens diferentes do nada, e não explicava de onde surgiram ou quem eram. Ah, o som também estava muito alto e as vozes - bem engraçadas, a maioria - eram dubladas, o que deixou o filme, infelizmente, ridículo. A Bebel dava umas risadinhas que "eusulivre"! Forçadas... Assim como algumas das vozes... O que me lembrou muito a última temporada de Hermes e Renato, intitulada Tela Class: a equipe dublava filmes antigos com vozes e diálogos divertidos. Mas, levando em conta a época que o filme foi feito e o contexto, o resultado final é legal.

Cineclubismo: debates e sessões nas quartas-feiras, às 19 horas, no auditório João Miguel de Souza - Centro Cultural Cesma - 3º andar. A entrada é gratuita.

Cineclube Lanterninha Aurélio:
No orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=197704
Blog: www.cineclubelanterninhaurelio.blogspot.com

domingo, 25 de novembro de 2007

Agenda da semana (de 26/11 a 02/12)

Tá sem grana?

Segunda-feira (26/11)

O que: espetáculo de dança folclórica com o grupo "Kyre´y", do Paraguai.
Onde: no auditório do Hotel Itaimbé.
Quando: 20:30 horas.
Mais: faz parte dos espetáculos do I Encontro de Cidades Integradas do Mercosul.

O que:
show de Daniel Torres.
Onde: no auditório do Hotel Itaimbé.
Quando: 21 horas.
Mais: faz parte dos espetáculos do I Encontro de Cidades Integradas do Mercosul.

O que:
o filme Vida Maria, de Márcio Ramos.
Onde: no CTG Poncho Branco.
Quando:
21 horas.
Mais: faz parte da Mostra de Cinema Latino Americano, do I Encontro de Cidades Integradas do Mercosul.

O que: o filme Derecho de Familia, de Daniel Burman.
Onde: no CTG Poncho Branco.
Quando: 21 horas.
Mais: faz parte da Mostra de Cinema Latino Americano, do I Encontro de Cidades Integradas do Mercosul.

Terça-Feira (27/11)

O que: espetáculo de dança folclórica com o grupo argentino "Corazion de Prata".
Onde: no auditório do Hotel Itaimbé.
Quando: 21 horas.
Mais: faz parte dos espetáculos do I Encontro de Cidades Integradas do Mercosul.

O que: o documentário Rap, O Canto da Ceilandia, de Adirley Queiroz.
Onde: no Ginásio Guarani Atlântico.
Quando: 21 horas.
Mais: faz parte da Mostra de Cinema Latino Americano, do I Encontro de Cidades Integradas do Mercosul.

O que: o filme Conversando com Mamãe, de Santiago Carlos Oves.
Onde: no Ginásio Guarani Atlântico.
Quando: 21 horas.
Mais:
faz parte da Mostra de Cinema Latino Americano, do I Encontro de Cidades Integradas do Mercosul.

Quarta-Feira(28/11)

O que: filme "Bebel - A Garota-Propaganda", dirigido por Maurice Capovilla
Onde: No auditório João Miguel de Souza, no Centro Cultural Cesma (3º andar), Rua Professor Braga, 55 - Centro
Quando: às 19 horas.
Mais: faz parte do Ciclo Acervo Programadora Brasil, do Cineclube Lanterninha Aurélio

O que: show de Dante Ramon Ledesma, cantor e compositor argentino.
Onde: Theatro Treze de Maio.
Quando: 21 horas.
Mais:
faz parte dos espetáculos do I Encontro de Cidades Integradas do Mercosul.

O que:
o curta O Brilho dos Meus Olhos, de Allan Ribeiro, Marcos Daibes e Walério Duarte.
Onde: Cohab Fernando Ferrari, em Camobi.
Quando: 21 horas.
Mais:
faz parte da Mostra de Cinema Latino Americano, do I Encontro de Cidades Integradas do Mercosul.

O que: o filme Cinema, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes.
Onde:
Cohab Fernando Ferrari, em Camobi.
Quando: 21 horas.
Mais:
faz parte da Mostra de Cinema Latino Americano, do I Encontro de Cidades Integradas do Mercosul.

Quinta-Feira(29/11)

O que: show Guitarra, Canto e Poesia, de Lúcio Yanel.
Onde: no auditório do Hotel Itaimbé.
Quando:
21 horas.
Mais: faz parte dos espetáculos do I Encontro de Cidades Integradas do Mercosul.

O que: o documentário Rap, O Canto da Ceilandia, de Adirley Queiroz.
Onde: no Colégio Marista Santa Marta.
Quando: 21 horas.
Mais:
faz parte da Mostra de Cinema Latino Americano, do I Encontro de Cidades Integradas do Mercosul.

O que: o filme Cinema, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes.
Onde:
no Colégio Marista Santa Marta.
Quando: 21 horas.
Mais:
faz parte da Mostra de Cinema Latino Americano, do I Encontro de Cidades Integradas do Mercosul.

Sexta-Feira (30/11)

O que: show com o maestro Carlitos Magallanes.
Onde: Hotel Itaimbé.
Quando: 21 horas.
Mais:
faz parte dos espetáculos do I Encontro de Cidades Integradas do Mercosul.

O que:
o curta Velinhas, de Gustavo Spolidoro.
Onde: CAIC Luizinho de Grandi.
Quando:
21 horas.
Mais:
faz parte da Mostra de Cinema Latino Americano, do I Encontro de Cidades Integradas do Mercosul.

O que: o filme No Coração dos Deuses, de Geraldo Moraes.
Onde: CAIC Luizinho de Grandi.
Quando: 21 horas.
Mais:
faz parte da Mostra de Cinema Latino Americano, do I Encontro de Cidades Integradas do Mercosul.

Tá com o bolso cheio?

Segunda-Feira(26/11)


O que: espetáculo Sentimentos e Emoções, dirigido por Fabiana Ávila.
Onde: Theatro Treze de Maio.
Quando: 2o horas.
Quanto: antecipados R$ 12,00 para uma noite e R$ 20,00 para as duas; após as 17:00 horas R$ 15,00 para uma noite e R$ 25,00 para as duas.
Mais: apresentação que une o teatro, a dança e a música representando emoções antagônicas.

Terça-feira (2/11)

O que: espetáculo Sentimentos e Emoções, dirigido por Fabiana Ávila.
Onde: Theatro Treze de Maio.
Quando: 2o horas.
Quanto: antecipados R$ 12,00; após as 17:00 horas R$ 15,00.
Mais: apresentação que une o teatro, a dança e a música representando emoções antagônicas.

sábado, 24 de novembro de 2007

Simplesmente Martha e o fim do Cinema & Fogão

O Cineclube UNIFRA encerrou hoje o ciclo de cinema do mês de novembro. O filme de encerrando foi Simplesmente Martha, da diretora alemã Sandra Nettelbeck, de 2001.

Nada mais conveniente com o tema do ciclo, Cinema & Fogão, também divulgados aqui nas semanas anteriores. A obra de Nettelbeck é uma comédia-dramática de encher os olhos. A personagem principal, interpretada por Martina Gedeck, é uma renomada chef de um famoso restaurante. Apesar de seu êxito profissional, Martha é extremamente perfeccionista e sofre para atender a todos clientes.

Tudo piora ainda mais quando sua irmã morre e deixa uma filha. A menina Lina, que fora criada apenas pela mãe, tem dificuldades de adaptação, e pede para sua tia ir em busca de seu pai, do qual sabe apenas o nome, Giuseppe, e a nacionalidade, italiana.

No meio das dificuldades enfrentadas por Martha em casa e no trabalho e em casa, surge a figura de Mario, um chef italiano muito diferente da personagem principal. Aí que o filme fica mais água-com-açúcar. Apesar de Sergio Castellitto ser um excelente ator, o roteiro acaba caindo em clichês, como na aproximação entre o novo chef e Lina.

Desfeito os desentendimentos entre Martha e Mario, ele ajuda na procura de Giuseppe, que acaba indo para a Alemanha para buscar sua filha. No fim, naturalmente, os chefs acabam casando. Banal e óbvio, mas em certa medida bom para uma comédia leve e despretensiosa. Destaque para a excelente trilha sonora do filme.

Para comemorar o fim do ciclo, o professor Carlos Alberto Badke fez uma pergunta que valia um almoço num restaurante do centro da cidade. Nada mais conveniente para o fim do Ciclo.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Programa de Índio - parte final

Ontem, quinta-feira, dia 22 de novembro, encerrou o projeto “Antropologia e Cinema – ciclo II – o índio no cinema”. E o encerramento foi em grande estilo. Às 14h30min. foi exibido o filme “Dança com lobos”.
O filme produzido em 1990 tem como protagonista e diretor Kevin Costner. A produção ganhou 7 Oscars (melhor filme, diretor, roteiro adaptado, fotografia, trilha sonora, edição e melhor som).
Sem dúvida este foi o melhor filme exibido no ciclo. Aliás, exceto este, a seleção dos filmes ficou um pouco a desejar. O público espectador das exibições, também.

Quando cheguei à sala de vídeo da Biblioteca Central da UFSM para assistir ao filme, novamente deparei-me com um reduzido público: 3 pessoas. Uma era o Cristiano Hermano, o abnegado monitor do projeto. Outra era aquele homem de feições indiáticas que assistira ao último filme “A Saga de um guerreiro”. Depois fiquei sabendo que ele era o Prof. Ms. Clóvis Schmitt Souza. Após a exibição do filme, ele faria os comentários. A terceira pessoa era Simone, formada em Ciências Sociais. Os nossos “amigos do chá Ayahuasca” desta vez não compareceram. Parece que estavam em viagem para a Patagônia...

Para assistir às três horas de filme estávamos confortavelmente acomodados: boas cadeiras, café, dois ventiladores de teto ligados, pernas apoiadas em outras cadeiras.
A qualidade da fotografia e do enredo do filme impediram que estas três horas fossem extenuantes.

Vimos a história do tenente do exército americano, John Dunbar (Costner), à época da “conquista do oeste”,desde sua frustrada tentativa de suicídio, sua aclamação como herói, seu deslocamento para a fronteira oeste, sua vida solitária no rancho abandonado, seu contato com os índios Sioux, suas batalhas contra a tribo inimiga Pawnee e contra o próprio exército americano, sua caçada aos búfalos, seu romance com uma branca “indianizada”, até ele próprio assimilar vários costumes indígenas (vestimenta, fala, modo de pensar,...).
Informações sobre detalhes do filme em:


Após a exibição do filme, o professor Clóvis iniciou seus comentários.
O filme mostra bem que quando ocorre o encontro de culturas diferentes pode haver duas conseqüências: a da convivência pacífica, com um intercâmbio cultural ou a tentativa de uma destas culturas de impor-se sobre a outra através da violência.

O professor destacou o papel simbólico que o búfalo representa no filme. Enquanto o branco caça este animal para tirar-lhe somente a língua e o couro, os Sioux consideram o búfalo sagrado. Era de onde tiravam seu alimento e suas vestimentas para o inverno. Nessa época, surgiu a figura do Búfalo Bill, que percorria os EUA, matando os búfalos. Conforme o professor Clóvis, o extermínio desses animais ajudou na destruição da cultura indígena.

Outra estratégia dos EUA foi aliar-se a determinadas tribos para destruir outras. Porém, mais tarde, também dizimavam seus aliados.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Argentina e Chile sob os olhos de um... futuro arquiteto!


Ontem fui na Cesma pra fazer um boletim pro programa de rádio (o Na Boca do Monte, que vai ao ar pela Rádio Universidade 800 AM às 17h 5min nas quarta-feiras) com o Lucas Figueiredo Baisch, autor das fotografias da mostra Contactos - retratos de um intercâmbio. Daí aproveitei para tirar umas fotos e conversar um pouco com ele sobre o intercâmbio e a exposição.

O Lucas é aluno do oitavo semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFSM. A mostra é uma seleção de 12 fotos de paisagens urbanas da Argentina e do Chile tiradas pelo estudante enquanto fazia um intercâmbio na Universidad Nacional del Litoral, em Santa Fé, na Argentina.

Ele contou que "inicialmente a Cesma tinha selecionado fotos de Porto Alegre", mas que "devido a grande quantidade de fotos em várias viagens na Argentina (Córdoba, Buenos Aires, Rosário e Mendoza) e no Chile (Santiago, Valparaiso e Viña del Mar)", quando voltou do intercâmbio trocou as fotos de Porto pelas das viagens no exterior. Para ele, "um intercâmbio é, antes de mais nada, uma experiência de vida. Ter convivido com pessoas da França, Paraguai e Espanha, além de várias regiões do Brasil - RS, SC, PR, SP, MG - foi uma experiência inesquecível e que vale a pena".

Meio a contra gosto, o fotógrafo se deixou ser fotografado. Ele prefere tirar as fotos, não aparecer nelas. O Lucas também tem um blog: www.masmeaparececadafigueiredo.blogspot.com
Ah! Muito legais as fotos da exposição! Vale a pena a visita! Mas tem que ser logo!

A exposição está disponível até esse sábado, dia 24, no Cesma Café, que fica no primeiro andar do Centro Cultural Cesma (Rua Professor Braga, 55). O horário de funcionamento da exposição é das 15h 30 min às 19h 30min e no sábado das 10 horas às 13 horas.

Pra terminar, quero fazer uma reclamação que não sei bem a quem dirigir. Minha internet foi cortada por não pagamento da fatura na data do vencimento. Acontece que a fatura não chegou. Ou a culpa é da GVT que não enviou direito. Ou dos Correios que não entregou. Ou de algum vizinho que tirou a fatura da minha caixa de correspondência, se aproveitando da falta de cadeado. De qualquer forma, passei terça e quarta sem poder conectar.

domingo, 18 de novembro de 2007

Agenda da Semana

Tá sem grana?

O que: exposição Contactos - retratos de um intercâmbio, de Lucas Figueiredo Baisch.
Onde: Cesma Café.
Quando: até 24/11. De segunda a sexta, das 15h30min às 19h30min, e aos sábados, das 10h às 13h.
Mais:
através de suas impressões fotográficas, o estudante Lucas Figueiredo Baisch mostra momentos da viagem que realizou à Argentina e ao Chile.

Segunda-feira (19/11)

O que: III Camafeu
Onde: Theatro Treze de Maio
Quando: 21 hrs
Mais: O III Camafeu é um espetáculo com grupos de dança afro, capoeira, percussão e teatro, e faz parte da XIX Semana da Consciência Negra.

O que: o filme Clube da Luta (Fight Club), de David Fincher
Onde: auditório do CCSH (antigo prédio da reitoria)
Quando: 19 hrs
Mais: Após a exibição, haverá comentários de Neandro Thesing. O evento faz parte do XV Ciclo de Cinema Histórico.


Terça-Feira (20/11)

O que: O Sétimo Selo (Det Sjunde Inseglet), de Ingmar Bergman
Onde: auditório do CCSH (antigo prédio da reitoria)
Quando: 19 hrs
Mais: Após a exibição, haverá comentários de Noeli Dutra Rossato. O evento faz parte do XV Ciclo de Cinema Histórico.

Quarta-Feira (21/11)

O que: Laranja Mecânica (A Clockwork Orange), Stanley Kubrik
Onde: auditório do CCSH (antigo prédio da reitoria)
Quando: 19 hrs
Mais: Após a exibição, haverá comentários de Pâmela Marconatto Lopes. O evento faz parte do XV Ciclo de Cinema Histórico.

O que: filme "Cafundó", dirigido por Paulo Betti e Clovis Bueno
Onde: No auditório João Miguel de Souza, no Centro Cultural Cesma (3º andar), Rua Professor Braga, 55 - Centro
Quando: às 19 horas.
Mais: faz parte do Ciclo Acervo Programadora Brasil, do Cineclube Lanterninha Aurélio

Quinta-Feira (22/11)

O quê: Exibição do filme "Dança com lobos"
Onde: Sala de vídeo da Biblioteca Central, no campus da UFSM
Quando: às 14h30min.
Mais: Após a exibição, o Prof. Ms. Clóvis Schmitt Souza comentará o filme.
Mais ainda: A atividade faz parte do ciclo "Antropologia e cinema - ciclo II - o índio no cinema", promovido pelo curso de Ciências Sociais e Núcleo de Estudos Contemporâneos (NECON) da UFSM.
Importante: a entrada é gratuita.

O que: Motorista de Táxi (Taxi Driver), de Martin Scorsese
Onde: auditório do CCSH (antigo prédio da reitoria)
Quando: 19 hrs
Mais: Após a exibição, haverá comentários de Cirilo Nunes da Silva. O evento faz parte do XV Ciclo de Cinema Histórico.

O que: filme Desejo Proibido, dirigido por Jane Anderson, Martha Coolidge e Anne Heche.
Onde:
na sala de vídeo do Curso de Ciências Sociais, prédio 74 do campus.
Quando: 16 horas
Mais: faz parte do Ciclo de Cinema "Discutindo gênero e sexualidade através do cinema", promovido pelo GEPACS/UFSM. O ciclo é aberto para alunos de qualquer curso e de qualquer universidade e é coordenado pelas professoras Zulmira Newlands Borges, Fátima Perureno e Lúcia Ressel.

Sexta-Feira (23/11)

O que: Cidadão Kane (Citizen Kane), de Orson Welles
Onde: auditório do CCSH (antigo prédio da reitoria)
Quando: 19 hrs
Mais: Após a exibição, haverá comentários de Francele Cocco e Diomar Ancelmo Konrad. O evento faz parte do XV Ciclo de Cinema Histórico.

O que: Show das bandas Crema (Santa Maria) e Renascentes (PoA)
Onde: Macondo Lugar
Quando: a partir das 22 hrs
Mais: Estudantes identifcados não pagam até meia-noite. Despues é 6 pilas.

Sábado (24/11)

O que: filme Simplesmente Martha (Alemanha, 2001), dirigido por Sandra Nettelbeck
Onde: Cineclube UNIFRA - Salão Azul do Conjunto I da Unifra, Andradas 1614
Quando: 16 horas.
Mais: Faz parte do ciclo Cinema & Fogão, que traz para a tela filmes cheios de aromas, cores e gostos muito especiais.

Tá com o bolso cheio?

Terça-feira (20/11)

O que: Retrospectiva
Onde: Theatro Treze de Maio
Quando: 20 hrs
Quanto: R$ 10,00 público em geral
Mais: O espetáculo de coreografia apresenta músicas que marcaram época, e é coordenado pelo coreógrafo Fernando Serpa, campeão do XIII Santa Maria em Dança

Quarta-feira (21/11)

O que: Mercado das Pulgas
Onde: Macondo Lugar
Quando: R$3,00
Mais: O Mercado das Pulgas é um bazar que reúne sebo de discos e livros e brechó de roupas usadas

Quinta-Feira (22/11)

O que: 8º Festival Integrado de dança “Nosso Planeta”
Onde: Theatro Treze de Maio
Quando: 16 hrs
Quanto: ?
Mais: É um espetáculo de bailarinos dos colégios Fátima, Objetivo e Objetivo Junior. Irá tratar questões do meio ambiente.

Sexta-Feira (23/11)

O que: 8º Festival Integrado de dança “Nosso Planeta”
Onde: Theatro Treze de Maio
Quando: 16 hrs
Quanto: ?
Mais: É um espetáculo de bailarinos dos colégios Fátima, Objetivo e Objetivo Junior. Irá tratar questões do meio ambiente.

Sábado (24/11)

O que: 8º Festival Integrado de dança “Nosso Planeta”
Onde: Theatro Treze de Maio
Quando: 16hrs
Quanto: ?
Mais: É um espetáculo de bailarinos dos colégios Fátima, Objetivo e Objetivo Junior. Irá tratar questões do meio ambiente.

O que: OutHouse BirinightBand
Onde: Macondo Lugar
Quando: 23h
Quanto: R$5,00
Mais: Toda energia do hard rock 70, com as melhores execuções de Free, Grand Funk, Led e por aí vai.

Domingo (25/11)

O que: Riistetyt (Finlândia) + Entre Rejas (Santa Cruz do Sul) + TSF + Sintra
Onde: Macondo Lugar
Quando: 20h em ponto
Quanto: R$6,00
Mais: noise against the poison cola.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Santa Maria in Blues

O 6º Cesma in Blues foi o mais legal que eu fui. Tinha ido na 3ª e na 5ª edição, e esta superou as anteriores. O evento aconteceu no Avenida Tênis Clube. A decoração do palco me dividiu: as luminárias estavam lindas, mas os pedaços de isopor usados no pano de fundo eram, no mínimo, estranhos. Os cartazes, com ícones do blues, pendurados no teto do lugar também foram uma idéia muito boa. Já a cerveja estava bem cara - e nem sempre tão gelada. Cobravam R$3,00 a lata de Bavária e R$3,50 a lata de Heineken.

Storm Blues Band

O primeiro show foi da Storm Blues Band, de Porto Alegre, que foi muito bom. O problema veio assim que acabou a apresentação: não colocaram som mecânico e o pessoal ficou sem música, só ouvindo o burburinho das conversas. Depois de um tempo colocaram o DVD The Blues - the soul of a men, do Win Wenders. Pelo menos a escolha foi boa. Em seguida se apresentou a única banda santa-mariense, a Blues Society, que fez um show legal também com participações do César da Espinha de Peixe na guitarra e depois do Luli Matana, na harmônica. A banda seguinte, Blues Power Trio, do Rio de Janeiro era excelente em termos de qualidade dos músicos, mas as músicas não me agradaram. O que eles tocavam não sei se dava pra chamar de blues. Parecia muito mais um pop rock, algo tipo Creed do que qualquer outra coisa. Mas, como eu já disse, os caras eram fodas como músicos. E como não podia deixar de ser, a atração internacional Peter Mad Cat ficou para o final, e sua apresentação foi mais longa do que as outras - até porque ele estava tocando em companhia de outra banda anunciada para o festival: a carioca (e excelente) Big Joe Manfra. Peter Mad Cat tem uma voz excelente (duvido que ele seja fumante) para a idade que aparentava, e tocava harmônica como ninguém. O público acompanhou os shows até o final, por mais cansado que estivesse. E valeu a pena.

Blues Society com César da Espinha de Peixe

O 6º Cesma in Blues aconteceu no último sábado, dia 10. O atraso da postagem se deve, além da agenda e do post sobre o show da Superguidis, no mesmo dia do evento, à um trabalho de Laboratório de Radiojornalismo 2 e ao feriado - estou em Caxias agora.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

A "quase triste" Sinfonia do Superstar

Pela segunda vez em 2007, a banda gaúcha Superguidis esteve no Macondo. No último sábado, dia 10, tive a oportunidade de conferir o meu terceiro show da banda - o segundo aqui em Santa Maria. Mas tudo bem, que ninguém pense que eu já cansei e fui lá apenas a trabalho. Pelo contrário: às vezes, o trabalho se torna uma justificativa para que a gente possa se aproximar de artistas que a gente tanto admira! =]

A banda de Guaíba - RS é formada por Andrio Maquenzi (guitarra e voz), Lucas Pocamacha (guitarra e voz), Diogo Macueidi (baixo) e Marco Pecker (bateria). Os guris lançaram o seu disco de estréia, “Superguidis”, no ano passado. Ainda em 2006, o disco foi eleito pela Trama Virtual o melhor disco independente do ano e a banda foi considerada um dos “13 nomes do novo rock que realmente importam”, pela entendida do assunto, Revista Bizz. O segundo disco, “A Amarga Sinfonia do Superstar”, foi gravado no Estúdio Daybreak, em Brasília, com produção de Philippe Seabra, da Plebe Rude – chamado por Lucas durante a nossa entrevista de “Fifi Pedalada” (apelido dado ao músico por Herbert Vianna nos anos 80). O disco, lançado na metade do ano, veio para confirmar a Superguidis como a maior revelação do rock independente do Rio Grande do Sul: jornais de vários estados brasileiros passaram a publicar críticas e mais críticas extremamente incentivadoras, não só sobre o disco, mas também sobre os shows – que foram diversas vezes considerados entre os melhores nos festivais que a banda já se apresentou.

É realmente difícil permanecer indiferente ao som do quarteto que define algumas de suas influências como “cidades fedorentas, infância, tosquice televisiva e Super Nintendo”. As letras simples, nostálgicas e bem-humoradas entram em harmonia com as guitarras barulhentas (por isso, eles acreditam nos riffs!) no mais perfeito estilo garagem. Lembranças da adolescência, sujeira urbana, gírias gaúchas, versos sem pretensão, amores perdidos, a voz de Andrio: belas combinações.

Andrio Maquenzi, vocalista da banda Superguidis, no Macondo

O último show da Superguidis no Macondo foi em maio – pouco tempo antes do lançamento do último CD. Lembro de um show mais curto, e a casa não tão cheia. Já no último sábado, eu vi um Macondo lotado por um público participativo e completamente absorvido pelo show. Não era pra menos: 24 músicas, cerca de uma hora e meia de uma presença de palco enérgica, e os integrantes deixando o cansaço transparecer apenas horas depois, sentados pelo bar com caras de destruídos. Foi a terceira noite de uma sequência de shows, viagens e leva-e-traz de equipamentos - nas noites anteriores, a banda tinha passado por Porto Alegre e Caxias do Sul.

Um dos motivos dessa correria toda era a participação da banda argentina El Mato a un Policia Motorizado, mas os shows foram cancelados devido a um problema de saúde de um integrante, e eles nem chegaram a vir para o Brasil. Esse foi definitivamente o ponto ruim da noite, já que eu acho as músicas do El Mato bem interessantes e estava curiosa para conferir o show.

O divertido Lucas, cuidando para não "comer cabelo" no show

Segurando as pontas dessa ausência inesperada, os guris resistiram bravamente ao desgaste e abriram o show com a música que também abre o último CD, “Por entre as mãos”. O set list contou também com “Mais do que isso”, “Os erros que ainda irei cometer”, “Mais um dia de cão”, “6 anos”, e a ótima “Parte boa”, que conta em seus versos a Amarga Sinfonia do Superstar, e que Lucas chamou de “uma música quase, quase triste” durante o show. Do CD “Superguidis”, “O Raio que o Parta”, “Malevolosidade”, “Piercintagem”, “Discos Arranhados”, “O coraçãozinho”, “O banana”, “O manual de instruções” e a adorável “Spiral arco-íris” estavam entre as escolhidas. Claro, estou mencionando as minhas preferidas. Além das músicas próprias, a banda fez uma cover da música “Cut your hair”, do Pavement, do album Crooked Rain, Crooked Rain de 1994.

Marco, baterista, e Diogo, baixista da banda Superguidis

Apesar dos guris terem tocado os 2 cds quase inteiros, senti falta da que é, pra mim, uma das melhores do CD novo: “Nunca vou saber”. Quando eu conversei com eles, o Lucas me falou que eles teriam tocado essa música, se tivessem lembrado de colocá-la no set list (vivendo e aprendendo, da próxima vez, eu entrevisto eles ANTES do show). A apresentação acabou ao som de “A saudade e o All Star”, música que está no EP “Ainda sem nome”, de 2004.

Quanto à entrevista: conversei com o guitarrista Lucas e o baterista Marco, e ambos foram – apesar do desgaste visível – muito atenciosos e simpáticos. A nossa conversa foi longa e divertida, passando pelos assuntos futebol, cinema, viagens, música e faculdade, mas vamos ao que importa: a banda. Os meninos comentaram a ausência do pessoal do El Mato – e o quanto isso sobrecarregou a Superguidis nos últimos shows. Sobre as apresentações que as duas bandas fizeram juntas na Argentina, Lucas comentou, muito impressionado, a surpresa que tiveram com a empolgação e a receptividade dos argentinos, já que a Superguidis não era conhecida pelos hermanos. Os shows foram em La Plata, cidade da banda El Mato, e na capital, Buenos Aires. Seguimos no assunto das viagens da banda, e mais uma ótima surpresa: em recente passagem pelo Acre, eles descobriram que a Superguidis é uma das bandas mais tocadas em uma rádio de lá.
Sobre as impressões que o movimento de bandas gaúchas causa fora do estado, Marco foi direto: “O que nós tentamos é fugir disso!”, confessou, explicando que o cenário musical gaúcho é fechado demais, admitindo que as bandas tenham apenas um tipo de som característico e a Superguidis e também a Pública, de Porto Alegre, por exemplo, tentam se livrar desse padrão e buscar o mercado lá em cima.

Marco, Lucas, eu e a minha super colaboradora Renata, no bar

O assunto mais comentado foi o CD novo, cuja divulgação vai muito bem, obrigada. Falamos do processo de gravação em Brasília, e da estranheza que a banda sente com a música enquanto ela não fica pronta. “A gente ouve a música de verdade depois que ela já está gravada. Antes disso, só temos as impressões de cada instrumento, separado”, explicou Lucas.
Com “A Amarga Sinfonia do Superstar”, a banda ganhou a simpatia da crítica, a admiração do público e mais espaço no Brasil. “Agora a gente já vê a banda com um objetivo, já não é mais aquela aventura de garagem que era antes. Agora vemos que podemos dar certo de verdade”, comentou Marco. Ainda bem, já que a Superguidis é provavelmente a banda gaúcha – não a banda indie, nem a banda underground, mas a banda gaúcha mesmo - mais promissora do momento.

Enfim, com ótimas companhias e um ótimo show, a minha festa terminou as 6:20 da manhã. Me despedi do Macondo com uma brincadeira do Marco: “Apareçam, a gente vai estar sempre por aqui.”
Assim esperamos!
=]


Superguidis no Macondo tocando uma das minhas preferidas: "O Manual de Instruções", do CD "Superguidis", de 2006


Quem quiser saber mais sobre o Superguidis, pode entrar no site oficial, ou na comunidade da banda no orkut. Para conhecer as músicas, basta fazer o download pelo site da Trama Virtual ou comprar os cds na loja virtual da Monstro Discos.

PS: As fotos foram cedidas pela Renuska e pelo Budu. Os créditos do vídeo vão para a Renuska também - pela gravação e por ter cantado junto.

domingo, 11 de novembro de 2007

Agenda da semana(de 12/11 a 18/11)

Tá sem grana?

O que:
exposição Universo Surreal de Frida e Diego.
Onde:
sala 80 – Monet Plaza Shopping.
Quando:
até 17/11, das 9 horas às 22 horas.
Mais:
um projeto de Royale – Escola de Dança e Integração Social.

O que: exposição Contactos - retratos de um intercâmbio, de Lucas Figueiredo Baisch.
Onde: Cesma Café.
Quando: até 24/11. De segunda a sexta, das 15h30min às 19h30min, e aos sábados, das 10h às 13h.
Mais:
através de suas impressões fotográficas, o estudante Lucas Figueiredo Baisch mostra momentos da viagem que realizou à Argentina e ao Chile.

Quinta, 15/11

O que: espetáculo O Tempo, do Grupo de Teatro Expressão.
Onde: Theatro Treze de Maio.
Quando: 20 horas e 30 minutos.
Quanto: 1 kg de alimento não perecível.
Mais: enfatiza as relações cotidianas de uma família, até que algo inesperado acontece e faz com que os valores sejam revistos.


Sexta, 16/11

O que:
show da banda Memphis.
Onde: Macondo, na Rua Serafim Valandro,643.
Quando: 23 horas.
Mais: estudante não paga até a meia-noite.

Tá com o bolso cheio?

Terça, 13/11

O que:
o espetáculo A Dança das Cores, II Mostra de Dança do Colégio Franciscano Sant´Anna.
Onde: Theatro Treze de Maio.
Quando: 20 horas e 30 minutos.
Mais: sob a direção de Ana Lucia Silva e Guga Pelegrini, a apresentação traz coreografias com elementos de Ballet Clássico, Jazz Dance e Street Dance.

Quarta, 14/11

O que: show Auroras de Vida, do cantor César Lindemeyer.
Onde: Theatro Treze de Maio.
Quando: 21 horas.
Quanto:
R$ 15,00 com CD.
Mais:
o show é o lançamento do CD Auroras de Vida, de César Lindemeyer.

O que: show da banda Identidade.
Onde: Macondo, na Rua Serafim Valandro,643.
Quando: 23 horas.
Quanto: R$ 6,00.

Sábado, 17/11

O que:
coral italiano Coro Cortina.
Onde: Theatro Treze de Maio.
Quando: 21 horas e 30 minutos.
Quanto: R$ 20,00 para o público geral no dia, e R$ 15,00 antecipado. Estudantes, idosos e sócios do Theatro pagam R$ 10,00.
Mais: com um repertório eclético, o Coro Cortina participou de muitos concursos internacionais. Recentemente apresentou-se para o Papa Bento XVI.

O que:
shows das bandas Sálvia e Zumbira.
Onde: Macondo, na Rua Serafim Valandro,643.
Quando: 23 horas.
Quanto: R$ 6,00.

Domingo, 18/11

O que:
IV Manisfesto Progressivo de Rock.
Onde: Theatro Treze de Maio.
Quando: 20 horas.
Quanto: R$ 10,00.
Mais: show de rock progressivo da banda Poços & Nuvens e bandas convidadas.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Red House só para maiores

Confesso que fui ver a apresentação da Red House e seu show "Sex, Dope and Cheap Thrills", dirigido por Débora Aita Gasparetto, apresentado terça, no Theatro Treze de Maio principalmente porque achei o cartaz muito bonito - o que acabou por despertar o meu interesse.

Cheguei lá em cima da hora, as luzes já estavam apagadas e o show prestes a começar.

Eu gosto bastante da Red House, a banda é um ícone do blues santa-mariense e conta com os músicos Bruno Sesti (Bateria), Márcio Grings (Harmônica,Vocal), Rodrigo Ardais (Vocal e Guitarras), Vinícius Brum (Contrabaixo) e Rodrigo Tranqüilo (Piano,Teclados). Mas não posso negar que o show me decepcionou em alguns aspectos.


Blues não faltou, e nem poderia faltar. Aliás, a banda faz um blues de bastante qualidade e tem músicos excelentes. A iluminação do espetáculo é ótima também e conseguiu acompanhar e até ajudar a criar o clima meio erótico, meio bar que acredito que fosse a intenção do show. Tinha mesinhas e até um garçom servindo whisky e cigarros para os integrantes do show. Num telão, atrás da banda, passavam trechos de um filme que eu não reconheci qual era e de um curta com os atores André Assmann, Márcia Chiamulera, Cláudia Pacheco e Gabriela Amado, o que, junto com a iluminação, deu um efeito muito legal.



Infelizmente, o show não merece só meus elogios. A harmônica e o teclado estavam praticamente inaudíveis devido ao volume alto da guitarra e do contrabaixo. A anunciada "participaçao especial do Dj Maxx Chami, adicionando samplers e batidas eletrônicas aos novos temas próprios do quinteto santa-mariense" não fedeu nem cheirou. As intervenções foram super pequenas (o que eu, particularmente, prefiro, já que não confio muito no som eletrônico), mas já que a banda resolveu investir no terreno, poderiam ter ousado um pouco mais. Do jeito que ficou, vi pouca diferença entre o show normal e este especial. Outro aspecto "brochante" nesse show "não recomendado para menores de 18 anos" foram as dançarinas Joyce Rodrigues e Isadora Stefanello, em performance em cima de palquinhos com um bastão no centro. Elas dançavam direitinho, sabiam a coreografia, mas faltou sensualidade, quebrando o clima criado pela música, cenário e efeitos audiovisuais. Os atores André Assmann e Máricia Chiamulera (que esteve excelente no seu monólogo "A Super Mãe Porra Louca", no Santa Cena) interpretaram poemas de Bukowski no intervalo de algumas músicas. Podia ter tido um resultado sensacional, mas, para minha supresa, as atuações foram medianas e o espetáculo perdeu muito da graça em função disso.


Apesar disso, eu recomendo o show pela qualidade musical. Acredito que as próximas apresentações possam ser melhores, já que a maioria dos problemas são solucionáveis, dependendo apenas da prática.

E só para lembrar, sábado tem o 6º Cesma in Blues! A Red House este ano não participa, mas várias bandas de qualidade subirão ao palco:

Onde: Avenida Tênis Clube
Quando: a partir das 23 horas.

Quanto:
Ingressos à venda na CESMA e ATC - R$ 7,00 antecipados e R$ 10,00 na hora.
Mais:
com as bandas
- Storm Blues Band (Porto Alegre)
- Big Joe Manfra Blues Band (Rio de Janeiro)
- Peter Mad Cat (Chicago/USA)
- Blues Power Trio (Rio de Janeiro)
- Blues Society (Santa Maria)
- Jefferson Gonçalves (Rio de Janeiro)

Até lá!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Quem foi ao programa de índio III?

O projeto “Antropologia e cinema – ciclo II – o índio no cinema”, realizado pelo Núcleo de Estudos Contemporâneos – NECON e pelo curso de Ciências Sociais da UFSM exibiu no dia primeiro de novembro às 14h30min o filme “A Saga de um Guerreiro”.
O local da exibição foi a sala de vídeo da Biblioteca Central da UFSM.

Mais uma vez fui para lá assistir ao filme e ouvir os comentários dos convidados. Já esperava que haveria poucas pessoas. Não me enganei. Quando cheguei à sala de vídeo lá estavam três pessoas: sendo uma o convidado para os comentários: professor João Vicente Lima; outra o Cristiano Hermano, monitor do projeto; e o único espectador até ali, um homem com feições indiáticas. Eles conversavam sobre futebol ( a conquista do São Paulo, os valores que a televisão paga para os clubes,...).
Esperamos mais alguns minutos, e como não chegou mais ninguém além de mim, iniciou-se a exibição do filme.
O filme conta as várias guerras enfrentadas pela tribo norte-america Shawnee, lideradas pelo valente Tecumseh, contra os brancos colonizadores americanos. Desde o final do século XVIII até 1813, os índios têm suas terras tomadas pelo exército liderado por William Henry Harrison (que mais tarde foi presidente dos EUA) e são obrigados a fugir para o oeste.

Passados alguns minutos da exibição, entraram na sala mais dois espectadores. Um tinha entre 40 e 50 anos e o outro entre 25 e 30. Trajavam roupas simples e já gastas. A aparência deles poderia ser considerada por muitos como “estranha”, “esquisita”. Ambos tinham cabelos compridos e atados (“rabo de cavalo”). O mais novo possuía pendurados em seu pescoço vários colares que eu julguei serem artesanato indígena. Tinham uma leve aparência de hippies. Depois de nos cumprimentar, sentaram, para também olharem o filme. Enquanto assistimos, o monitor Cristiano nos ofereceu café, aceito por todos.

Terminado o filme, o professor João Vicente Lima - embora nascido no Amazonas, apresentava um forte sotaque carioca - iniciou seus comentários.
Ele salientou que no século XVIII, as relações entre o branco e o índio nunca foram de uma boa convivência, “de perceber o outro”, mas de usurpação. Ele fez uma comparação com o fundamentalismo atual, citando como exemplos as políticas do presidente dos EUA e do Irã e algumas declarações do Papa.

O professor João também citou exemplos de uma convivência pacífica entre brancos e índios. Nas décadas de 60 e 70 do século XX, algumas universidades dos EUA e do Canadá tiveram alunos indígenas que trouxeram subsídios para a valorização do meio ambiente e com o conhecimento acadêmico adquirido, foram para suas tribos aplicá-los. No Brasil, este exemplo foi seguido pela Universidade do Mato Grosso.

Baseando-se nos Diários de Campo do antropólogo Roberto Cardoso de Oliveira, o professor afirmou que o contato entre brancos e índios é inevitável, não adianta isolá-los em áreas de preservação. Os índios já utilizam elementos da cultura dos brancos.
Porém, nós usufruímos muito pouco da cultura indígena. A nossa cultura é limitada para explicá-la. Por exemplo, não temos um grande conhecimento sobre a extraordinária engenharia dos povos pré-colombianos, sobre seu misticismo, sobre sua medicina.
O professor João lembrou sua passagem pelo Exército e destacou que durante os exercícios de sobrevivência na selva eram utilizadas técnicas indígenas.

Quando surgiu na conversa o tema da medicina indígena, aquele homem entre 40 e 50 anos, que chegou um pouco atrasado, deu um depoimento interessante:
Ele conheceu de perto a cultura indígena de países como México e Colômbia. Natural de Santana do Livramento, Orestes – esse era seu nome - viajou por toda a América Latina conhecendo os costumes dos índios. Casado, sua esposa estuda na Universidade Autônoma do México. Além disso, ele demonstrou um grande conhecimento sobre filmes de temática indígena.

Quando estava no Acre, aprendeu muito sobre a medicina indígena. Foi lá que descobriu o poder do chá Ayahuasca, feito de cipó Mariri e folha Chacrona. Utilizado pelos índios em cerimônias religiosas, este chá, quando ingerido, permitiria um contato entre os vivos e o mundo espiritual.
Atualmente, Orestes está morando no interior de Itaara em uma “comunidade alternativa”, conforme ele disse. Lá, também moram Fabiano – o rapaz dos colares indígenas – e outras pessoas. Neste local, eles organizaram um pequeno centro espiritual, onde é utilizado o chá Ayahuasca. Eles afirmam que seu uso é saudável para o corpo e para o espírito. Os ingredientes para o chá eles conseguem com tribos indígenas do Acre. No próximo dia 7 de novembro, quarta-feira, está previsto mais um encontro espiritual na comunidade. Todos nós fomos convidados.

É interessante notar que estes rituais, antes exclusivo dos indígenas, difundiu-se entre a população urbana. No Brasil, existem comunidades altamente organizadas que adotaram estas práticas religiosas indígenas. Vale a pena uma visita ao site de uma delas: a UDV – União do Vegetal:

http://www.udv.org.br/portugues/entrada.html

Outra comunidade é o Santo Daime, que reúne diversas seitas independentes. O uso do chá Ayahuasca causa grandes polêmicas. Os adeptos de seu uso enfrentam o preconceito de muitas pessoas, que vêem o chá como um perigoso alucinógeno. O artigo a seguir dá mais detalhes sobre o assunto:

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